24 de dezembro de 2010

e é tempo de festa...

Infância
in.fân.cia
sf (lat infantia) 1 Período da vida, no ser humano, que vai desde o nascimento até a adolescência; meninice.

Hoje somos adultos, não velhos, como foi bem colocado ontem. E hoje perguntamos uns aos outros como vão os filhos, maridos, esposas, emprego... Procuramos saber no que aquele irmão mais novo do seu amigo tá trabalhando. Se estamos bem, felizes, realizados. 

Quando era criança, eu tentava entender a emoção dos mais velhos em rever seus amigos de infância e porque isso trazia uma nostalgia tão boa pra eles. Hoje eu bem sei. E cada vez que revejo os CEBianos, um pedacinho do meu coração aperta, com saudades das besteiras, do tempo passado junto, do crescimento coletivo, das brigas, dos carinhos, das viagens... mas outro pedacinho ri por dentro, enche de alegria, de ver que nós tivemos uma infância feliz, que indiferente das nossas escolhas, dos nossos caminhos, de onde moramos agora, o carinho continua. A preocupação em saber do outro perdura.

Obrigada pelo natal de ontem. E aos que não puderam ir, o carinho é o mesmo.

23 de dezembro de 2010

dois pés de quaresmeiras...

a cidade chamam de selva de pedras. eu chamo.
o inverno traz o frio. as vezes rigoroso, as vezes ensolarado e confortável.
mas traz consigo também as roupas cinzas.
guarda chuva, galocha, capa, luva, meia, gorro, cachecol.
céu que escurece cedo.
janelas fechadas.

na minha rua, eu moro em um prédio.
as casas são os meus vizinhos.
no inverno as janelas ficam fechadas, as venezianas abaixadas, as cortinas puxadas.
os táxis buscam muito mais passageiros.

o verão chegou e trouxe consigo o abrir das janelas.
a busca pela brisa da tarde.
a tentativa de diminuir o calor.
e a rua ficou mais alegre.
os vizinhos mais felizes, agora se cumprimentam.

na frente do meu prédio tem dois pés de quaresmeiras.
que ainda estão floridas. e belas.

30 de novembro de 2010

muito mais do que 365 dias...

há 7 anos eu dormia a última noite antes de conhecer seus olhos, seu sorriso e seu amor. era a última noite sem preocupações, sem amor incondicional, sem ter você pertinho. foi uma noite de domingo, ansiosa pra segunda feira. ou vai ou vai. e no fim daquela segunda feira eu te conheci e me apaixonei. ainda mais.

e hoje, uma terça feira, ele vai pra cama tarde como sempre, me enrrolando pra dormir e depois de alguns minutos no quarto me grita. eu corro e o avisto no chão da cama, entre o banco e a parede. susto. e ele diz que me chamou pq tava sonhando e por isso tinha caído da cama. mentira. e depois diz, tô ansioso!

dorme filho, dorme que amanhã chega mais rápido. foi isso que pensei quando dormi a última noite antes de você nascer. "dorme marina, dorme que amanhã você conhece o seu príncipe." e hoje é sua última noite com seis anos. e inicia o fechamento do seu primeiro ciclo, do seu primeiro setênio.

eu o amo e não é porque é meu filho, mas é um príncipe especial. é o meu pequeno. e juntos iremos comemorar vários setênios.

obrigada, meu filho.

19 de novembro de 2010

crescimento...

quando os dentes nascem, lá pelos quatro meses, tudo é novidade. com meu príncipe foi tudo tranquilo, sem febres, sem dor, sem choro, sem noites não dormidas. é porque meu príncipe é fenomenal... =)


depois que nascem os dentes esperados, que (eu acho) é a primeira grande mudança do bebê, outras questões são mais observadas. e esquecemos do nascimento dos próximos dentes. a questão agora é quando vão cair e trazer os permanentes.


theo ainda não perdeu os dentes de leite, só o que foi embora por acidente e que ainda não recebeu seu permanente no lugar. ele tem muito cuidado com sua boca. escova, passa enxaguante bucal, fio dental. esses dias ele me reclamou de dor no dente, fiquei preocupada, mandei ele escovar pra eu olhar se tinha algum pontinho de cárie. e durante a escovação ele cutuca com a escova o tal dente e retira algo que não consegui identificar muito bem (era gengiva, aaaaiiii), olhei a boca e estava lá, seu 1º molar está nascendo! agora ele tem na boca seu primeiro dente permanente e uma mãe ainda mais besta...


sei que pode ser besteira, ainda mais escrever relatando isso, mas é que depois que os filhos começam a crescer e virar um ser realmente pensante, cheio de argumentos e opiniões, certas coisas passam sem que sejam percebidas. lendo na internet sobre dentição, em quase todos os sites pode-se ler: "é um dente que escapa por vezes a ser notado porque não é precedido pela queda de nenhum dente decidual uma vez que nasce num espaço onde não havia dente algum."


meu príncipe cresce e eu só me apaixono cada vez mais. obrigada por ser meu filho, theo.



15 de novembro de 2010

te encontra logo





O que é que tu quer de mim?
Que voz é essa?
Que silêncio é este?
Porque tu não falas o que estas pensando?
Não quero estar recuando
O meu sentimento, a minha alegria
Eu sinto que você está chegando mas se recusa a aceitar ô
Acho que estou te esperando
O que talvez você já saiba
É, você pode estar certa, talvez não valha a pena dizer nada
Mas eu te espero mais perto
Estou morrendo e tenho medo de só pensar em você
Te encontra logo com a distância antes dela te dizer que já é tarde demais




cidadão instigado

10 de novembro de 2010

run rabbit, run

noite passada eu sonhei que corria muito, e rápido. e o melhor era que não me cansava. analisando o sonho como desejos, questões e sintomas de um subconsciente lotado e confuso, chego a conclusão nenhuma.
tinha amigos do passado, do presente, que sumiram, família... e eu simplesmente corria, corria, corria. e pensava:
- eu estou rápida, não suei nada, não cansei e não sei quem é essa pessoa aí na frente.
era isso, eu corria atrás de alguém, mas não me recordo se era mulher, homem, novo, velho, criança, adulto... nada... só sei que eu queria alcançar, mas a pessoa que buscava queria mesmo era distanciar.
acordei. analisei. deixei pra lá. talvez eu saiba bem o que meu subconsciente disse e por isso prefiro não pensar. foi só um sonho. é só metafísica.

º
º
º
º
º

fuckyou

3 de novembro de 2010

já são várias noites. noites fragmentadas, onde fragmentos viram sonhos, realidade até chegar na insônia. muita insônia. pouco sono.

18 de outubro de 2010

passado...

14 de outubro de 2010

cai a chuva, a brisa leve, o tempo úmido
o mar distante, o céu riscado,  a alma dura
perdura, pendura
não causa, nem fere, a dor não sente
o vai e vem, no silêncio dos olhos
engana, esgana
o aperto, a saudade, o medo
a dúvida, a certeza, o lamento
disfarça, sem graça

esquece, ou tenta

7 de outubro de 2010

às vezes a gente ouve o que não quer ouvir, mas em outras ocasiões, ouvir certas palavras, certas verdades que outro lado pensa, é o que mais se quer. e o ser humano, demasiado, procura isso. eu às vezes sou assim, um ser humano demasiado.

6 de outubro de 2010

indagações

tenho andado emotiva. tenho fingido ser forte.

ou

tenho sido forte. tenho fingido ser emotiva.

ou

tenho sido emotiva e forte.





???

reflexões

refletir... silenciar.
rejeição.
nostalgia.



solitude.

2 de outubro de 2010

agora é verdade...

meus pais se separaram quando eu tinha 10 anos, o caçula 8 e o primogênito 12. desde então fomos meio nômades. passávamos férias em salvador, morávamos em são paulo. em 2000 eu e ti voltamos pra salvador. mais tarde joão também. eu voltei pra são paulo há um ano...

e agora a família vai se separar de verdade. encontros agora, mais escassos. frequentes visitas em casas diferentes. meu pai foi pro capão. foi virar do mato. curtir a vida. daqui a pouco tá lá, na tranquilidade do campo que há tanto ele procurava, desejava. boa sorte, painho. natal a gente se vê. e skype tá aí pra isso.

ºººamor

27 de setembro de 2010

o SER humano

a semana pra ela começou estranha. e foi estranha até o fim.
até que de repente voltou a ser segunda. e é impressionante como a semana é cheia de segundas. e como os dias, depois daquele dia, se tornaram estranhos...
e ela pensava, 'está estranho', mas não adiantava debater. estava estranho e fim. mas por que estranho? o que aconteceu para as coisas ficarem estranhas?
ela já sabia, era o tsunami anunciado, de que tanto se temia. estava anunciando sua chegada. o alarme de evacuar já soava. mas ela insistia, insistia. 'é melhor lutar até o fim, do que morrer na praia.' será?
e ela então começou a perceber que não era só o fato do tsunami estar vindo que a assustava. era muito mais. e assim, ela percebeu que tudo doia. doia. doia. mas de que adianta chorar, sofrer?
e com todo esse pavor ela pensou, 'está estranho. continua estranho. tudo parece ter sido em vão.' e era então, agora, mais uma dor pra ela sentir.

Noite Daquelas - Cidadão Instigado

Eu não sei o que falar sobre as estrelas que povoam este meu céu
Que brilham, que brilham e brilham mas não me dizem nada
a noite mal começou, e eu já me sinto tão louco.
Me da um tempo, eu vou ali no balcão e volto logo
Voltei!
Decidi olhar de novo para as estrelas
Quem sabe dessa vez, depois de mais uma dose, eu possa conseguir exergá-las melhor?
Mas no fundo tudo não passa de uma fuga.
Lá lá lá lá lá lá bonc bonc!!

É, é complicado procurar alguma coisa onde não existe nada e se vc prestar bem atenção vai concordar comigo, hoje eu estou meio opaco e os seres opacos precisam de qualquer coisa para se iludir.

Lá se vem três amigos meus, massa!!
Vou dividir um pouco da minha loucura com alguém.
Falei, falei e falei e eles tb falaram.
Descobri, eu não precisava ouvir nada das estrelas, eu só queria conversar com alguém.
Lá lá lá lá lá lá bonc bonc!!

Pois é isto, esta foi mais uma noite daquelas que a gente passa de bobeira tentando aliviar a dor do coração
E grita por um socorro, mas ninguem consegue lhe ouvir.
Tem um cara estatalado ali no chão
Deve estar pior do que eu.

Falou galéga eu vou pra casa...

25 de setembro de 2010

Não se afobe não que nada é pra já. O amor não tem pressa, ele sabe esperar....
Será?

21 de setembro de 2010

...
é muito difícil entender as pessoas... acho que por isso existem tão poucas amizades duradoras. eu quando considero alguém amigo, é porque senti reciprocidade. mas e se de repente a reciprocidade sumir, mas seu desejo de ter o outro como amigo, não sumir. fazemos o que? desistimos da amizade, insistimos (até nos sentirmos bestas de correr atrás da amizade) ou apagamos com borracha?

não gosto de tentar entender o ser humano... e como eu digo isso? não é verdade... vou continuar lendo...

20 de setembro de 2010

XI

Não sou eu quem descrevo. Eu sou tela.
E oculta mão colora alguém em mim.
Pus a alma no nexo de perdê-la.
E o meu princípio floresceu em Fim.

Que importa o tédio que dentro de mim gela,
E o leve outono, e as galas, e o marfim,
E a congrugência da alma que se vela
Com sonhos pálios de cetim?

Disperso... E a hora como um leque feche-se...
Minha alma é uma arco tendo ao fundo o mar...
O tédio? A mágoa? A vida? O sonho? Deixa-se

E, abrindo as asas sobre Renovar,
A erma sombra ao vôo começando
Pestaneja no campo abandonado...


Fernando Pessoa, Obra Poética V, Cancioneiro



Já que eu tô pensando muito, demais, além do que eu posso, um poeminha, aberto ao acaso, de Pessoa. E claro, me disse muito.

19 de setembro de 2010

interpretação

por que é assim? eu sou estranha demais ou só espontânea? eu penso uma coisa, mas será que as pessoas me compreendem, me interpretam como eu queria ser interpretada ou ...? sei lá viu... já apaguei e reescrevi algumas vezes. e realmente a minha agonia não vai passar escrevendo aqui...

18 de setembro de 2010

divagações da madrugada...

pô, é realmente difícil viver... porque são necessárias tantas decisões? porque as coisas não são porque são, acontecem porque acontecem, seguem porque seguem, aceitam porque aceitam, sentem porque sentem? pelo contrário, a sabotagem é o precipício... ai, ai viu. assim também é demais também.

já não bastassem tantas inquietações, eu sempre acho mais uma... e agora essa...


16 de setembro de 2010

humano...

58. O que se pode prometer. - Pode-se prometer atos, mas não sentimentos; pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou sempre odiá-lo ou ser-lhe sempre fiel, promete algo que não está em seu poder; mas ele pode prometer aqueles atos que normalmente são conseqüência do amor, do ódio, da felicidade, mas também podem nascer de outros motivos: pois caminhos e motivos diversos conduzem a um ato. A promessa de sempre amar alguém significa, portanto: enquanto eu te amar, demonstrarei com atos o meu amor; se eu não mais te amar, continuarei praticando esses mesmos atos, ainda que por outros motivos: de modo que na cabeça de nossos semelhantes permanece a ilusão de que o amor é imutável e sempre o mesmo. - Portanto prometemos a continuidade da aparência do amor quando, sem cegar a nós mesmos, juramos a alguém amor eterno.

(F. Nietzche - Humano, demasiado humano)

15 de setembro de 2010

prólogo

(...) A grande liberação, para aqueles atados dessa forma, vem súbita como um tremor de terra: a jovem alma é sacudida, arrebatada, arrancada de um golpe - ela própria não entende o que passa. Um ímpeto ou impulso a governa e domina; uma vontade, um anseio se agita, de ir adiante, aonde for, a todo custo; uma veemente e perigosa curiosidade por um mundo indescoberto flameja e lhe inflama os sentidos. "Melhor morrer do que viver aqui" - é o que diz a voz e sedução imperiosa: e esse "aqui", esse "em casa" é tudo o que ela amara até então! (...)

(...) A solidão o cerca e o abraça, sempre mais ameaçadora, asfixiante, opressiva, terrível deusa e mater saeva cupidinum [selvagem mãe das paixões]- mas quem sabe hoje o que é solidão?...



ººº
F. Nietzsche - Humano, demasiado humano

14 de setembro de 2010

ir, vir, ir, vir... onde ficar?


no meio do caminho pode?

13 de setembro de 2010

sabota eu, sabota tu


podem existir dois caminhos bons? se eu fosse a dorothy e chegasse na bifurcação, poderiam os dois caminhos serem bons? ou no fim descobrimos que, realmente, só existe um caminho?

saber e não saber. achar que sabe. que não só você sabe. ter medo. vontade. pavor. dor. desejo.

porque nos sabotamos?




ººº

17 de agosto de 2010

coisas do coração (ou coisas do cordão...)

estou em outra cidade, não desconhecida. conhecida, íntima, passado.
to trabalhando, campanha política, momentos de estresse e gargalhadas. comecei a meditar, estou no começo, mas descobrindo novas respirações. hoje acordei de exagerado bom humor. e de tão exagerado, um delicioso humor ácido. e eu não estou sendo irônica, sério. hoje meu humor estava 200%. = )

tudo tem motivo, o corpo é uma reação em cadeia. semana passada eu cai doente. tinha chegado há uma semana, tudo correndo bem, do nada vem a moleza, febre, vômito, dor de cabeça insuportável... volto pra casa, meio a contra gosto, mas aceitando por estar debilitada. em casa, telefone da escola do príncipe liga. theo. dor de cabeça, febre. vovó pega, no dia do seu aniversário, neto doente. filha doente. quilômetros de distância. mesmos sintomas. e há poucos dias tinha brincado com meu irmão, que longe da sua cria, teve sinusite, assim como a cria. e eu dizia, é banzo.

vovó apoiando, marido papai fulltime dengando e cuidando. correndo atrás, todo mundo junto e misturado. longe mas perto. e domingo eu já acordei bem melhor. e theo também. e a semana começa, estamos bem. longe um do outro, por um motivo que ao longo do caminho será compreendido como positivo sempre, mas somos uma família. uma família de três, pequena, mas que se ama e se apoia.

e pra ficar claro, eu não tive gripe, nem dengue, nem nada. foi saudade, eu diria. e diria que meu pequeno e eu temos uma ligação que talvez ninguém nunca saiba o que é. e não estou me gabando. estou agradecendo.

23 de julho de 2010

são paulo. acolhimento. bulling. amor. ódio. abandono. adeus. férias. retorno. rotina. passado. lembrança. recomeço. saudade. amor. novidade antiga...


27 de junho de 2010

olhos de mangá...

um dia desses tava descobrindo estar gerando um bebê. um dia desses...

quando a gente é criança sempre tem um adulto que já não vemos a algum tempo que diz, "como você cresceu! troquei suas fraldas. blá, blá, blá", eu admito que achava bem chato. coisa chata de adulto que fica falando que trocou minhas fraldas. fora quando as perguntas não eram mais incovenientes para um adolescente, do tipo, "e o namorado, cadê?". mas hoje eu entendo. não só porque tenho um filho, mas porque sou adulto. meio óbvio, né?

mas é diverido perguntar e melhor, é nostálgico. eu tenho um filho de seis anos, seis anos e meio. jah! eu tenho um rapazinho lindo. e agora meu filho cresceu e eu fico me perguntando se realmente o tempo correu mais do que o normal. até um dia desses, o fato de eu ter tido um filho, parecia que tinha acontecido ontem. mas quando eu vi o meu sobrinho nascer, chorar e ter a tarefa de descobrir o mundo com olhos que não lembrará no futuro, me fez perceber como passou rápido.

e agora meu filho passa férias longe de mim. o que é normal, evolutivo e importante. mas, pela primeira vez meu filho foi passar férias. meu baianinho, que agora mora em são paulo, passando férias em salvador. meu moleque, do segundo ano, que aprendeu a ler e escrever, foi curtir o mês de férias na bahia. vai voltar cheio de novidades, bronzeado, feliz da vida, cheio de amor recebido e pronto pra compartilhar. descobertas do meu bebê. com seus olhos espertos e dispostos a tarefa eterna de descobrir e viver sempre o segundo seguinte. é meu, mas é do mundo. seus olhos espertos de mangá, abertos pro novo.


e meu coração está apertado. e está tranquilo. e está mais apertado. e isso hoje. imagino quando tiver 15 e estará viajando de férias pra praia, ou pra montanha, ou pra qualquer lugar. e meu coração continuará apertado, mas com a certeza de que o criei para ser feliz. e esperto, com seus olhos de mangá, sempre atentos e dispostos a eterna tarefa de descobrir.

meu filho está de férias e não faz nem 24 horas que estou longe. mas ser mãe é assim.

19 de maio de 2010

parte 2

a importância das palavras pra quem ouve e pra quem fala podem ser completamente inversas. quando se desculpa, espera-se que o outro aceite. e pra quem espera a desculpa e ela não vem, passa a ser mais importante aquelas palavras, que talvez nunca venham, porque realmente não eram necessárias ou apenas por orgulho.

tá aí outra palavra forte. orgulho. cada um tem o seu, mas alguns são orgulhosos e não se desprendem do seu orgulho... outras pessoas não são orgulhosas, simplesmente porque sabem se desculpar... e se desprender do seu orgulho...

devaneios...


mudança é uma palavra forte e cheia de incertezas. decidir, mudar, errar, decidir de novo, mudar, tentar descobrir se agora vai dar certo e por aí vai. mudando, errando, acertando, mudando...

devaneios...

1 de maio de 2010

pastelaria...

na esquina da minha casa tem uma pastelaria. e o que se encontra lá são pastéis bem recheados, de 30, 20 e 15 cm. e quando eu digo bem recheados eu quero dizer beeeeeem recheados. são deliciosos, grandes e equivalem a uma refeição. fato.

esses dias resolvi jantar lá com meu filho, que é uma criança saudável e meio chatinho pra comer. sentamos do lado de fora e na mesa do lado tinha uma família de 3 pessoas. um pai magro e alto de uns 50 anos, uma mãe alta e bastante gordinha de uns 45 e uma guria bem gordinha e grande, de uns 11 anos no máximo. mas ja usava sutiã e aparentava ter uns 15 (não pela maturidade, mas sim pelo tamanho).

da minha mesa eu reparava nessa família. e não tinha como não reparar. a menina era realmente mimada e sem educação (nessas horas eu vejo o quão educado meu filho é). ela comia o pastel com a mão, mas puxando bem pra cima e depois bem pra baixo, quase encostando no chão, pra partir o queijo. e enfiava na boca e comia mastigando de boca aberta. falavam alto. a família toda. a mãe e a filha eram gordinhas, beirando a obesidade. cada um comeu um pastel e a guria pediu mais um, pra completar 60 cm.

no segundo pastel ela fazia a mesma coisa. e eu chata não me aguentava e falava pro meu filho:
-come direito, mastiga bastante, não limpa a boca com a mão.

meu filho comeu um de frango e eu pedi um de chocolate com morango. bem doce e recheado. e a menina ficou de olho no meu pastel. e eu disse pro meu filho:
-quer dividir comigo, mamãe tá gordinha, não pode comer todo.

a mãe da menina, que também ficou de olho no meu pastel pediu um doce de banana com chocolate. e na espera pra chegar a guria terminou o segundo dela e começou um diálogo com o pai.
-pai, se eu comer uma bisnaguinha no café da manhã, na hora do intervalo eu já to com muita fome, mas se eu comer 4 eu vou ter menos fome.
-não minha filha, eu aposto com você que vc vai comer o mesmo tanto de lanche na hora do intervalo. com uma ou quatro bisnaguinhas de café da manhã.

e levantou e disse:
-pai, posso comer um picolé agora?
-pode filha.

e foram e pegaram um picolé. nisso o pastel doce da mãe dela chegou e ela, mãe, posso experimentar? pode filha, disse a mãe. e a menina comeu metade do pastel doce, misturando com o picolé de leite condensado.

nada contra comer doce. eu mesma estou acima do meu peso e como doce. mas a guria tá crescendo e tá deformada de tão gorda. e não é problema de saúde, com certeza não. é gula. e falta de educação, porque os pais permitem.

muitas crianças já crescem gordas e quando bebês fofinhos e redondos, os outros acham lindo. mas pra mim, bebê cheio de dobra é bebê não saudável. e vão crescendo assim e continuando gordinhos. aí são discriminados por suas formas na escola, e comem mais pra curar a dor de ser excluído. e são mais excluídos. e comem mais e assim por diante.

a culpa é dos pais. claro que algumas crianças são precocemente gordas por distúrbos, mas a maioria das crianças dessa geração que são gordinhas, são assim porque comem demais. na minha época, refrigerante só de fim de semana. e beterraba tinha que comer, gostando ou não, porque era saudável. e eu comia doce também, chiclete, bombom. mas com limite. e não era gordinha. era seca e saudável. e comia doce.

não sou preconceituosa com gordinhos, eu já disse que to acima do meu peso (e não gosto dessa situação), mas eu tenho 28 anos e fiquei realmente gordinha depois de ter filho.

muitas vezes ouvi as pessoas dizerem que meu filho tava magrinho demais. tava nada, sempre teve o peso ideal pra sua idade, mas a outras crianças na sua maioria eram mais cheinhas. mas ele que tava magro demais e não as outras crianças gordinhas além do limite.

o mundo está de cabeça pra baixo. vamos cuidar dessas crianças, não dá pra deixar elas serem gordinhas tão pequenas. vão crescer se sentindo mal e cheias de problemas de saúde que aparecerão precocemente, como hipertensão, diabetes, distúrbios de tireóide e outras coisas mais. a culpa é dos pais. olhem mais pra a alimentação dessas crianças. uma guria de 11 anos não pode comer dois pastéis de 30cm, um picolé de leite condensado e metade de um pastel doce de banana e chocolate, de 20 cm. só aí foram 70 cm de pastél e quantas calorias? 2000?

saúde pra essa geração de crianças, não reparação na sua juventude. o tempo corre e depois é mais difícil corrigir os erros.

...

enfim, só um desabafo.

12 de abril de 2010

mise-en- scéne
falsidade
mentira

ah tá, então tá.

vai te a merda mundo e suas palavras feias.

26 de março de 2010

dicionário michaelis

apatia
a.pa.ti.a
sf (lat apátheia) 1 Impassibilidade de espírito. 2 Indolência. 3Teol Indiferença total em relação às coisas terrestres. 4 FilosAusência de afetos e paixões. Antôn (acepção 2): vivacidade.





5 de março de 2010

o trem parou...

horário de pico em são paulo. metrô barra funda lotadíssimo. baldeação na sé. eu e theo.
ele todo rapazinho, atento ao movimento, curioso porque era tão cheio. tudo tranquilo, dentro da possibilidade.

sobe! sobe! sobe! volta! assalto!

pânico. todo mundo correndo, deitando no chão, mas sem ver onde era o tal assalto, onde tava o tal ladrão. uns cinco minutos depois, eu, me tremendo mas firme, perguntei pra moça do metrô:
-o que tá acontecendo, moça, por favor?"
-um passageiro caiu no trilho e o trem passou por cima.

o.0

na verdade ele não caiu, se jogou. acabou com sua vida, numa sexta feira, em horário de pico, no metrô da sé. ficamos uns 25 minutos esperando normalizar. fomos embora. o moço também, levado por uns caras de amarelo.

susto. são paulo. metrópole. planeta terra. seres humanos. é isso...


16 de janeiro de 2010

pablo honey e lemmings

em são paulo, 01:51, de sábado, 16 de janeiro de 2010. nada mais do que mais uma madrugada.
hoje ouvindo pablo honey, jogando lemmings (uhul! era DOS) na fente do maridão cada qual no seu computador.

hoje as coisas parecem que começaram a realmente andar nesse "novo" ano. qual é a era? o ciclo? o ano chinês já começou? porque as coisas das quais eu mais tinha reclamado que não andavam bem (nem mal, porque simplesmente não andavam o.O) começaram a resolver... pelo menos por enquanto é o que parece. e olha que tenho dito, eu reclamei meeeeesmo!

a prova que não fiz, porque dei mole e não atendi o telefone, e por isso perdi a chance de tentativa de entrada na minha área, fazendo o que gosto (?!) numa empresa que admiro foi cancelada por descobrirem falhas no processo seletivo. sorte? desejo demais? esperança?

o até que enfim "lar doce lar" parece que realmente saiu. eba! demorou, foi difícil, mas massa. não é o mais lindo (nem de longe o mais feio), não é o melhor, mas tão pouco o pior. é massa. e basta. quem vai estar lá vai deixar mais massa.

no mais, tenho saúde, minha família também. e estamos sempre tentando melhorar, harmonizar. mesmo que tenha sido difícil, trabalhoso e complicado, o importante é que a busca é contínua e o amor põe forças e mostra o lado romântico, doce e suave da vida... mais amor (sempre!), por favor. porque o amor é importante, porra!

um brinde aos desejos! uhul!