19 de maio de 2010

parte 2

a importância das palavras pra quem ouve e pra quem fala podem ser completamente inversas. quando se desculpa, espera-se que o outro aceite. e pra quem espera a desculpa e ela não vem, passa a ser mais importante aquelas palavras, que talvez nunca venham, porque realmente não eram necessárias ou apenas por orgulho.

tá aí outra palavra forte. orgulho. cada um tem o seu, mas alguns são orgulhosos e não se desprendem do seu orgulho... outras pessoas não são orgulhosas, simplesmente porque sabem se desculpar... e se desprender do seu orgulho...

devaneios...


mudança é uma palavra forte e cheia de incertezas. decidir, mudar, errar, decidir de novo, mudar, tentar descobrir se agora vai dar certo e por aí vai. mudando, errando, acertando, mudando...

devaneios...

1 de maio de 2010

pastelaria...

na esquina da minha casa tem uma pastelaria. e o que se encontra lá são pastéis bem recheados, de 30, 20 e 15 cm. e quando eu digo bem recheados eu quero dizer beeeeeem recheados. são deliciosos, grandes e equivalem a uma refeição. fato.

esses dias resolvi jantar lá com meu filho, que é uma criança saudável e meio chatinho pra comer. sentamos do lado de fora e na mesa do lado tinha uma família de 3 pessoas. um pai magro e alto de uns 50 anos, uma mãe alta e bastante gordinha de uns 45 e uma guria bem gordinha e grande, de uns 11 anos no máximo. mas ja usava sutiã e aparentava ter uns 15 (não pela maturidade, mas sim pelo tamanho).

da minha mesa eu reparava nessa família. e não tinha como não reparar. a menina era realmente mimada e sem educação (nessas horas eu vejo o quão educado meu filho é). ela comia o pastel com a mão, mas puxando bem pra cima e depois bem pra baixo, quase encostando no chão, pra partir o queijo. e enfiava na boca e comia mastigando de boca aberta. falavam alto. a família toda. a mãe e a filha eram gordinhas, beirando a obesidade. cada um comeu um pastel e a guria pediu mais um, pra completar 60 cm.

no segundo pastel ela fazia a mesma coisa. e eu chata não me aguentava e falava pro meu filho:
-come direito, mastiga bastante, não limpa a boca com a mão.

meu filho comeu um de frango e eu pedi um de chocolate com morango. bem doce e recheado. e a menina ficou de olho no meu pastel. e eu disse pro meu filho:
-quer dividir comigo, mamãe tá gordinha, não pode comer todo.

a mãe da menina, que também ficou de olho no meu pastel pediu um doce de banana com chocolate. e na espera pra chegar a guria terminou o segundo dela e começou um diálogo com o pai.
-pai, se eu comer uma bisnaguinha no café da manhã, na hora do intervalo eu já to com muita fome, mas se eu comer 4 eu vou ter menos fome.
-não minha filha, eu aposto com você que vc vai comer o mesmo tanto de lanche na hora do intervalo. com uma ou quatro bisnaguinhas de café da manhã.

e levantou e disse:
-pai, posso comer um picolé agora?
-pode filha.

e foram e pegaram um picolé. nisso o pastel doce da mãe dela chegou e ela, mãe, posso experimentar? pode filha, disse a mãe. e a menina comeu metade do pastel doce, misturando com o picolé de leite condensado.

nada contra comer doce. eu mesma estou acima do meu peso e como doce. mas a guria tá crescendo e tá deformada de tão gorda. e não é problema de saúde, com certeza não. é gula. e falta de educação, porque os pais permitem.

muitas crianças já crescem gordas e quando bebês fofinhos e redondos, os outros acham lindo. mas pra mim, bebê cheio de dobra é bebê não saudável. e vão crescendo assim e continuando gordinhos. aí são discriminados por suas formas na escola, e comem mais pra curar a dor de ser excluído. e são mais excluídos. e comem mais e assim por diante.

a culpa é dos pais. claro que algumas crianças são precocemente gordas por distúrbos, mas a maioria das crianças dessa geração que são gordinhas, são assim porque comem demais. na minha época, refrigerante só de fim de semana. e beterraba tinha que comer, gostando ou não, porque era saudável. e eu comia doce também, chiclete, bombom. mas com limite. e não era gordinha. era seca e saudável. e comia doce.

não sou preconceituosa com gordinhos, eu já disse que to acima do meu peso (e não gosto dessa situação), mas eu tenho 28 anos e fiquei realmente gordinha depois de ter filho.

muitas vezes ouvi as pessoas dizerem que meu filho tava magrinho demais. tava nada, sempre teve o peso ideal pra sua idade, mas a outras crianças na sua maioria eram mais cheinhas. mas ele que tava magro demais e não as outras crianças gordinhas além do limite.

o mundo está de cabeça pra baixo. vamos cuidar dessas crianças, não dá pra deixar elas serem gordinhas tão pequenas. vão crescer se sentindo mal e cheias de problemas de saúde que aparecerão precocemente, como hipertensão, diabetes, distúrbios de tireóide e outras coisas mais. a culpa é dos pais. olhem mais pra a alimentação dessas crianças. uma guria de 11 anos não pode comer dois pastéis de 30cm, um picolé de leite condensado e metade de um pastel doce de banana e chocolate, de 20 cm. só aí foram 70 cm de pastél e quantas calorias? 2000?

saúde pra essa geração de crianças, não reparação na sua juventude. o tempo corre e depois é mais difícil corrigir os erros.

...

enfim, só um desabafo.